quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Metade das assembleias já realizadas aceitou a proposta de reajuste do governo


Das 14 assembleias regionais do Sinproesemma já realizadas, até esta quarta-feira, 5, sete aceitaram, integralmente, a proposta do governo do Estado para o reajuste da tabela salarial dos professores. Seis regionais aceitaram, com ressalvas, referentes ao parcelamento do reajuste, e apenas uma, a de São Luís, rejeitou a proposta.

O reajuste de 20%, da 13ª à 25ª referência da tabela salarial, com aplicação de 12% neste mês de outubro e o restante (8%) parcelados em duas vezes, nos meses de março e setembro de 2012, assim como a incorporação de 20% da GAM ao vencimento, são os principais itens que estão sendo avaliados pelos educadores nas assembleias regionais. Para a faixa da 1ª à 12ª referência da tabela, o governo propõe reajustes diferenciados que variam de 38.84% à 22%.

Rosário, Pedreiras, Pinheiro, Codó, Bacabal, Itapecuru e Balsas aceitaram a proposta integralmente, mas em Caxias, Viana, Imperatriz, Chapadinha, Santa Inês e Timon, a aceitação foi parcial. Nessas regionais, os educadores não concordaram com os prazos extensos dos parcelamentos em 2012.

Em São Luís, a assembleia contou com a participação de cerca de 200 educadores, mas apenas 105 se posicionaram no momento da votação, sendo 62 contra a proposta e 43 pela aprovação parcial, com ressalvas para discutir o parcelamento previsto para 2012.

Os 62 educadores que votaram contra a proposta acompanharam a posição dos líderes da oposição à direção do Sinproesemma, que defenderam a retomada das negociações com o governo, tendo como base a mesma tabela que o sindicato já apresentou no início das mesas de negociações em torno do reajuste. A tabela que o sindicato apresentou, inicialmente, cobrava o reajuste do Piso Salarial Nacional, de 38,84%, sobre todas as 25 referências salariais da tabela atual dos professores.

“A proposta que a oposição defende é a mesma que já apresentamos ao governo em duas reuniões no início das negociações e não foi aceita pelo governo. Fizemos várias tentativas, mas é difícil negociar com um governo que tem linhas conservadoras de sempre negar conquistas aos trabalhadores. Nesse momento precisamos garantir um reajuste emergencial e ampliar as conquistas com a aprovação do Estatuto do Educador, que o governo tem prazo para enviá-lo à Assembleia Legislativa até o dia 24 deste mês”, avalia o presidente do sindicato, Júlio Pinheiro.

“A posição de rejeição integral à proposta do governo, defendida pela oposição (MRP) condena mais de 35 mil trabalhadores da educação a ficar sem reajuste nenhum e apenas cinco mil terem seus salários reajustados. A proposta da oposição, de rejeitar 12%, é fazer o jogo do governo, que quer dar reajuste apenas para quem está abaixo do piso, um número menor de trabalhadores. A posição do MRP é quanto pior, melhor”, destacou o diretor de comunicação do Sinproesemma, Júlio Guterres.

Ainda faltam os resultados das assembléias de Presidente Dutra, Barra do Corda, Zé Doca e São João dos Patos, que encerram na próxima sexta-feira. “Somente com esses resultados fechados, vamos avaliar que encaminhamentos serão dados para continuar a revisão e discussão sobre o Estatuto, que tem prazo para ser enviado à Assembleia e precisa de atenção especial dos educadores e da diretoria do sindicato’, conclui o presidente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário