segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Burocracia sindical aliada às reitorias tenta fundar sindicato para dividir os TAEs – Nós dizemos não!




Sob forte aparato repressivo, nos moldes do período da ditadura militar, e com o total apoio dos dirigentes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no dia 3 de dezembro de 2012, foi fundada a ATENS-SN (Sindicato Nacional dos Técnicos de Nível Superior das Instituições Federais de Ensino) constituindo-se em mais um ataque a nossa categoria.
Logo na entrada do anfiteatro, separados por uma grade de proteção os participantes eram recebidos, por um pró-reitor da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) que fazia a primeira, dentre as três conferências dos dados para liberar o acesso ou não, ao recinto onde se realizaria a assembléia. Em conjunto com dezenas de seguranças particulares fortemente armados, alguns até com colete a prova de bala, o pró-reitor que, aliás, é FAVORÁVEL À IMPLANTAÇÃO DO PONTO ELETRÔNICO PARA OS TAEs, exigia contracheques, documentos estes que nem estava previsto no edital de convocação da assembléia e impedia a entrada de quem não fosse “nível superior”, cerceando o direito de ir e vir dos demais presentes.
A representação da direção da FASUBRA e das demais entidades de base de todo o Brasil que vieram para o debate democrático foi, inclusive, convidada a sair do local – pasmem! – pela Policia Militar, acionada pelos organizadores do evento (Direção da ATENS e Reitoria). Situações como esta vimos na época da ditadura militar.
Na abertura da assembléia, após uma leitura relâmpago da ata, feita em menos de cinco minutos, a proposta de transformação da ATENS em Sindicato nacional foi colocada em votação. Sendo aprovada em meio a um tumultuo, e por rito sumário. Manifestações diversas foram feitas no plenário, não só pela representação da FASUBRA e suas representações de entidades de base como também por aqueles que, recém-ingressos na universidade, se sentiram usurpados de seu direito de fala.
 Diante do autoritarismo dos dirigentes deste processo, as dezenas de companheiras e companheiros que vieram de vários estados para debater o que significa a divisão da nossa categoria, alertando para o grande equivoco que ali acontecia, se retiraram do evento em protesto, pois não havia nenhuma disposição para o diálogo por parte das supostas lideranças da ATENS. O único interesse naquele momento era dividir a categoria em nome de um projeto reacionário construído em aliança com reitorias.
Quais as conseqüências desse ato? A quem interessa a divisão da Categoria?
Essa divisão interessa ao governo e aos reitores de plantão, pois enfraquece e divide um movimento que historicamente é marcado por sua combatividade, sendo protagonista da luta dos trabalhadores das universidades, seja por causas econômicas ou por políticas nacionais de interesse da classe trabalhadora.
- Essa divisão significa o retorno a uma prática há muito banida do nosso movimento, que é a construção de sindicatos em gabinetes, atrelados às reitorias e aos patrões, como se fazia na época das associações. Esta prática favorece a subserviência, a relação de favores que somente “beneficiam” a poucos, em detrimento do interesse da maioria;
- Fortalece um nascente movimento de burocracia sindical, gestado nas redes virtuais, sem nenhuma intervenção concreta com os trabalhadores, sem interlocução real com as bases;
Tal sindicato não tem qualquer tipo de organização na base da Categoria, não representando os legítimos interesses do conjunto dos trabalhadores, nem tampouco os integrantes da Classe E como um todo, basta ver em seu manifesto as pouquíssimas universidades onde eles tentaram se organizar, o  que confirma a falta de legitimidade deste movimento.
Caso a ATENS venha a se consolidar como representação de parte da Categoria dos TAEs estará dado o fim da PARIDADE entre ativos e aposentados da Classe E, tendo em vista que já existe a disposição explícita dessa nova burocracia sindical em NEGOCIAR A PARIDADE ENTRE ATIVOS E APOSENTADOS em troca de gratificações produtivistas;
Essa divisão pode comprometer e enfraquecer as negociações com o governo. Exemplo recente disto é a situação dos docentes, representados pelo ANDES, onde o PROIFES cumpre o papel de burocracia sindical, semelhante ao modelo adotado pela ATENS.
Num momento onde a FASUBRA e seus sindicatos filiados estão enfrentando a luta contra a EBSERH, a luta contra o ponto eletrônico e pela redução da jornada de trabalho. Estamos discutindo e organizando a luta contra a tentativa do governo de retirar o direito de greve e pela anulação da reforma da previdência junto com as demais entidades do funcionalismo público… Estamos ousando em discutir com a nossa categoria a luta contra o machismo, o racismo e a homofobia… E Além disso, construímos esse ano uma das maiores greves da história do funcionalismo público brasileiro…
Nesse campo de batalha contra os ataques do governo em meio a uma crise econômica mundial onde precisamos de toda unidade possível para acumular forças, as lideranças da ATENS além de não participarem de nenhuma dessas lutas cumprem um papel criminoso de dividir gerando confusão e dispersão entre os companheiros da classe “E”.
A FASUBRA conclama todos os TAEs da classe “E” de todo país a fortalecer a unidade de nossa categoria não reconhecendo essa iniciativa divisionista. Sabemos que pela pratica de nossas entidades de base todos saberão distinguir o joio do trigo e primarão pela manutenção da democracia já construída por cada um dos trabalhadores e trabalhadoras em cada universidade.

SINDJUS-MA cobrará resposta às reivindicações apresentadas ao TJMA



A Diretoria Executiva do Sindicato dos Servidores da Justiça do Maranhão (SINDJUS-MA) reuniu-se no sábado, 08/12, para avaliar as negociações entre a entidade e a administração do Tribunal de Justiça do Maranhão, em torno da pauta de reivindicações da categoria que ainda está se encontra pendente de decisão por parte do presidente Antonio Guerreiro Junior.
Ao final da reunião, a diretoria do SINDJUS-MA decidiu pedir uma reunião extraordinária aos negociadores oficiais do TJMA, o diretor de recursos humanos Daniel Gedeon e o diretor financeiro Luiz Carlos Calvet, para  solicitar prioridade na análise dos projetos apresentados pelo sindicato para decisão do presidente Guerreiro Junior.
Entre os pleitos apresentados pelo SINDJUS-MA destacam-se a revisão dos índices dos adicionais de qualificação técnica e das promoções e progressões, a correção do índice da gratificação por atividade judiciária (GAJ) para os auxiliares, técnicos e analistas, a criação da gratificação por atividade em telefonia (GAT) para os telefonistas e a criação da gratificação por atividades externas (GAE) para os comissários e oficiais de justiça.
Além disso, o SINDJUS-MA, por decisão das últimas assembléias gerais da categoria, cobra o pagamento administrativo de 21,7% para os cargos de nível médio e fundamental, como estratégia para diminuição da distancia salarial destes cargos para os cargos de nível superior.
“Como os servidores têm todo o direito de saber o que está sendo negociado em seu nome, decidimos informar ao diretor de RH e ao diretor Financeiro do Tribunal de Justiça que o sindicato vai pretende divulgar o inteiro teor dos anteprojetos de lei elaborados, por sugestão presidente Guerreiro Junior, para análise da administração e como forma de auxiliá-lo na decisão que tomará sobre a pauta de reivindicações dos servidores”, informou Aníbal Lins, presidente do SINDJUS-MA.
A direção do SINDJUS-MA aguarda as informações solicitadas à administração do TJMA para comunicá-las oficialmente aos servidores, em assembléia geral, para que a categoria possa decidir com segurança quais passos dará a partir disso.

Professor preso ilegalmente dentro de uma escola é transferido para tratamento médico no Pará



O professor da rede estadual de ensino do Maranhão, Abedenego Ribeiro, finalmente saiu da delegacia de Açailândia, onde ficou preso, ilegalmente, por dois dias, e entrou em surto diante da violência e do constrangimento sofrido com a prisão.
De acordo com informações prestadas por familiares, professores e estudantes do Centro de Ensino Terezinha Rego, em Itinga, de onde o professor foi levado algemado, foi preciso uma equipe médica especializada para tirar o professor da delegacia, mesmo após a decisão judicial de prisão ilegal.
“O professor entrou em surto. Os policiais o levaram de dentro da sala de aula na nossa frente”, disse um aluno que não quis ser identificado, com medo de represálias da direção da escola.
O professor foi levado para tratamento no Hospital de Clínicas Gaspar Viana, em Belém (PA), para recuperação do trauma sofrido. Ele foi transferido, nesta quinta-feira (6), com muita dificuldade, em uma ambulância de emergência da cidade de Dom Eliseu (Pará).
Segundo informações prestadas em depoimentos por testemunhas, na última segunda-feira, 3, o professor foi surpreendido por policias na sala de aula do Centro de Ensino Terezinha de Jesus Coelho Rocha e obrigado a se despir na frente dos seus alunos para verificar se estava portado armas, depois que a direção da escola, sem justificativa, ligou para a polícia e pediu para retirar o profissional das dependências da escola.
Segundo familiares, inicialmente, o professor foi levado para a delegacia de Itinga, onde não havia delegado de plantão, e logo em seguida, os policiais decidiram levá-lo para a delegacia de Açailândia, onde ficou até adoecer e ser internado. O Ministério Público já está apurando o caso e colhendo depoimentos de testemunhas.
De acordo com informações prestadas ao Sinproesemma, vários professores da escola, principalmente Abedenego, considerado pela comunidade escolar um excelente professor de Física, sofrem perseguição da direção escolar desde o final da greve realizada em 2011. Abedenego e mais dois professores estavam suspensos de suas atividades em sala de aula. A prisão arbitrária do educador aconteceu no seu retorno à sala de aula, com o fim da suspensão de 60 dias.
Apesar de o caso representar um grande ataque aos Direitos Humanos e de vários profissionais da imprensa terem conhecimento do caso, inclusive entrevistas, depoimentos, fotos e imagens, nenhum veículo de comunicação divulgou o ocorrido, cabendo apenas aos blogs e ao Sinproesemma cumprir o papel de levar informação à população, com a perspectiva que a justiça seja feita.
Fonte: Sinproesemma