sexta-feira, 23 de setembro de 2011

População deve estar vigilante para que legado da Copa não seja o do fortalecimento da corrupção

A menos de mil dias para o início da Copa de 2014 a sensação da maioria é de que dificilmente tudo estará pronto e a contento para que o Brasil sedie a “festa do futebol”. Esta semana, e com alguns meses de atraso, o governo enviou ao Congresso Nacional o projeto da Lei Geral da Copa. A previsão é de que ele seja aprovado só no final do ano. Até lá, muito ainda precisa ser debatido. A Condsef defende que este debate garanta a ampla participação da sociedade, interessada maior em que as verbas públicas destinadas à consolidação desta Copa não sirvam de trampolim para o fortalecimento da corrupção. Para a entidade, a população não pode ser penalizada em nome da realização desta atividade esportiva. Para que o legado da Copa de 2014 beneficie a população brasileira, os investimentos feitos para isso não podem servir apenas para enriquecer empresários. É preciso que a população cobre e fique vigilante aos processos e exija melhorias que favoreçam a grande maioria em longo prazo.

Para além de determinações e exigências da Fifa, a Lei Geral da Copa precisa assegurar a transparência em licitações e na divulgação dos investimentos públicos que estão sendo feitos para garantir a infraestrutura necessária para que o Brasil não faça feio como sede do maior evento esportivo mundial. Em poucos meses, os investimentos em projetos para a Copa já aumentaram em quase 28% do que era previsto inicialmente para custear todas as obras que envolvem o evento. Um dos principais responsáveis pelo aumento do investimento público está na aprovação da construção do estádio do “Itaquerão”, em São Paulo. O BNDES deve custear quase R$ 1 bilhão para a realização deste projeto. Outro exemplo que ampliou em mais de 88% a expectativa de investimentos é o estádio do “Beira Rio” em Porto Alegre.

Mais informações no site: www.condsef.org.br.

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